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Delivery cresce 15% em outubro e alcança 25,3% das vendas do setor, revela IFB

O delivery cresceu 25,3% em participação no faturamento de restaurantes no Brasil no mês de outubro, o maior nível do ano e equivalente ao patamar observado no auge da pandemia. É o que revela o Índice de Desempenho do Foodservice (IDF), produzido pelo Instituto Foodservice Brasil (IFB).

Essa expansão ocorre em um mês marcado pelo crescimento nominal de 18,1% das vendas do delivery e avanço de 14,3% nas transações, movimentação que contrasta com o recuo de 2% no volume total de transações do setor. A combinação entre perda de tráfego presencial e elevação do ticket médio, que atingiu R$ 44,90, tornou o delivery um amortecedor para operadores que enfrentam um ambiente de consumo mais cauteloso e inflação acumulada de 7,4% no ano.

A leitura regional reforça o protagonismo do Centro-Oeste e Sudeste, que lideraram o avanço com altas de 7,4% e 6,9% no faturamento nominal de outubro, enquanto o Sul registrou 5,9%. O Sudeste vem retomando a dianteira após meses de oscilação e se distanciando de Norte e Nordeste, que cresceram 2,1% e 2,3%, respectivamente. A maturidade digital, a força das plataformas e a integração entre lojas de rua, centros comerciais e formatos híbridos sustentam essa retomada.

O comportamento regional acompanha o movimento estrutural captado pelo CREST, que aponta o encerramento do terceiro trimestre com gasto total de R$ 55,4 bilhões, alta de 2% sobre 2024, mesmo com queda de 5% no tráfego. O crescimento do ticket médio, que subiu 6,9% na comparação anual, tem papel decisivo na sustentação das receitas.

Período de destaque

Outro destaque é a performance do período da tarde, que se consolidou como ocasião de consumo estável e crescente. Enquanto o setor como um todo enfrenta perda de visitas, o daypart manteve estabilidade de tráfego por dois anos e ampliou gasto de forma consistente. Esse padrão revela um consumo cotidiano ancorado em conveniência, praticidade e indulgência, ampliando oportunidades para categorias como cafés, sobremesas e snacks, além de favorecer o delivery, que captura boa parte dessas compras rápidas e não planejadas.

A performance da tarde se destaca principalmente no Sudeste e no Nordeste, que apresentaram variações positivas de tráfego no período e reforçam o potencial de expansão desse recorte.

A base operacional também contribuiu para o comportamento de outubro. O parque de lojas aumentou para 8.889 unidades, com 31 aberturas no mês, enquanto o número de quiosques alcançou 3.742 pontos, refletindo modelos compactos mais aderentes ao consumo por conveniência e ao fluxo digital.

Mesmo com oscilações no varejo físico e desaceleração nas transações, o setor preserva sua resiliência por meio da reorganização do mix de canais, da aceleração do delivery e da multiplicidade de ocasiões de consumo ao longo do dia.

O conjunto dos dados reforça que o delivery deixou de ser complemento e se tornou um pilar da operação, sustentando faturamento, compensando quedas de tráfego e ampliando alcance das marcas. Com participação recorde, crescimento consistente e aderência às novas rotinas de consumo, o canal se consolida como protagonista da retomada do foodservice e tende a seguir determinando o ritmo do setor nos próximos meses.

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