*Por Ana Paula Forti, Diretora de Processamento da Tetra Pak Brasil
Vitaminas, minerais e fibras em abundância. Proteínas moderadas. Carboidratos, especialmente os integrais, em baixa quantidade e gordura – apenas a boa – em menor ainda. Com o aumento da onda de saudabilidade, muitas vezes é isso que vemos em nossos pratos no lugar dos alimentos: suas funções. Ao lado dos alimentos, as bebidas também têm passado por esse processo de ressignificação em que o consumidor busca encontrar nelas as qualidades para manter uma vida saudável.
O mundo dos sucos, hoje, vive um momento complexo, sobretudo quando se trata da laranja. Em 2024, por exemplo, problemas climáticos – como seca e altas temperaturas – diminuíram a safra da fruta, impactando o equilíbrio entre oferta e demanda. Com baixo estoque, os preços aumentaram, seja para consumo interno seja para exportação. Assim, gerou-se um cenário de projeções incertas, sobretudo se as condições climáticas continuarem imprevisíveis.
Ainda assim, segundo a Mondor Intelligence, o mercado de sucos projeta uma taxa anual de crescimento (CAGR) de 3,39% entre 2024 e 2030: número que mostra que, apesar do cenário desafiador, o setor ainda caminha rumo à sua recuperação. Parte desse otimismo pode ser explicado pelas novas tendências de consumo e avanços tecnólogicos que dão ao setor a possibilidade de novos ares.
A expansão do segmento de sucos naturais, impulsionado pela busca por produtos mais saudáveis, é um dos fatores positivos que dão suporte a esse crescimento. Para 2026, portanto, podemos pensar em algumas forças capazes de moldarem o mercado de sucos nos próximos anos.
Os consumidores querem, cada vez mais, sucos que tragam, atrelados ao sabor, benefícios adicionais – como vitaminas, minerais e antioxidantes. Além disso, também se destacam inovações na formulação e no processamento, capazes de ampliar a oferta de bebidas funcionais que atendem essas novas tendências, atreladas à saúde e à sustentabilidade.


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