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Como identificar e corrigir gargalos na logística de alimentos

O Brasil desperdiça cerca de 27 milhões de toneladas de alimentos por ano, segundo a ONU, e quase 80% dessas perdas ocorrem no transporte, no manuseio e nos centros de distribuição. 

O impacto é bilionário — estimado em mais de 61 bilhões de reais anuais — além de gerar efeitos sociais e ambientais que colocam o país entre os maiores desperdiçadores do mundo.

Grande parte desse problema está ligada a falhas logísticas. Desde a escolha de embalagens e o manuseio de perecíveis até a higienização dos veículos e o monitoramento do transporte refrigerado, cada detalhe faz diferença para manter a qualidade dos produtos. 

O impacto dos gargalos na logística de alimentos

A indústria alimentícia brasileira, que corresponde a 10,8% do PIB nacional, depende de uma rede ampla que vai do campo até o consumidor final. 

Porém, enfrenta entraves que comprometem o abastecimento, como:

  • estradas em más condições e demora em portos dificultam a fluidez da distribuição;
  • falta de transporte adequado impacta diretamente carnes, laticínios, frutas e hortaliças;
  • centros de distribuição com infraestrutura limitada aumentam os riscos no armazenamento de perecíveis;
  • a gestão de estoques precisa lidar com sazonalidade e alta demanda em datas críticas, o que exige maior previsibilidade.

Essas limitações geram impacto direto na qualidade dos produtos e na confiança do consumidor.

Na rotina das empresas, esses desafios se traduzem nas seguintes situações práticas:

  • exportadores de proteína animal enfrentam barreiras no escoamento por falta de transporte refrigerado eficiente;
  • indústrias que processam frutas e legumes registram perdas relevantes na distribuição, em parte pela ausência de estruturas de resfriamento;
  • operadores de food service sofrem pressão por entregas rápidas, mas têm dificuldade em manter a eficiência logística diante de custos crescentes.

As consequências aparecem em toda a cadeia de abastecimento: os custos logísticos aumentam por fatores como combustível, armazenagem e devolução de produtos; prazos de entrega se tornam instáveis, reduzindo a vida útil dos alimentos e até comprometendo contratos de exportação. 

A falta de rastreabilidade dificulta a identificação de falhas, enquanto problemas de conservação impactam diretamente a segurança alimentar.

A imagem mostra uma pessoa usando luvas térmicas e jaqueta acolchoada, manipulando um termômetro digital portátil conectado por cabos a uma sonda inserida em uma pilha de caixas embaladas com filme plástico.

Identificação das ineficiências no processo logístico 

Para que a indústria de alimentos mantenha competitividade, é preciso mapear onde estão os entraves mais críticos. Monitorar indicadores de desempenho, corrigir falhas na armazenagem e no transporte refrigerado de alimentos e investir em rastreabilidade são práticas que revelam ineficiências de forma clara. 

A integração desses pontos não só reduz custos como também aumenta a confiança na cadeia, apontando soluções consistentes para os gargalos logísticos do setor alimentício.

Monitoramento de indicadores de desempenho logístico

O acompanhamento de métricas em tempo real é cada vez mais viável com o uso de sensores, IA e IoT. O monitoramento é utilizado para avaliar gargalos na logística de alimentos, prever falhas e ajustar rotas antes que comprometam entregas. 

Os indicadores tornam a operação mais confiável, apoiam decisões que melhoram a segurança alimentar na logística e previnem perdas.

Problemas na armazenagem e transporte refrigerado

A limitação de centros de distribuição preparados para perecíveis e a falta de frota adequada seguem como grandes desafios na cadeia de suprimentos. 

Sem infraestrutura para controlar temperatura e umidade, surgem problemas na armazenagem de perecíveis, que elevam custos ao reduzirem a vida útil dos produtos. 

Esse cenário afeta tanto o mercado interno quanto as exportações, exigindo investimentos consistentes em transporte refrigerado de alimentos.

Rastreabilidade e visibilidade na distribuição

Sistemas de rastreabilidade, como blockchain, RFID e QR Codes, permitem acompanhar cada etapa da jornada dos produtos, da origem ao consumo final. 

A visibilidade ampliada ajuda a detectar falhas rapidamente, reduz desperdícios na distribuição e fortalece a confiança do consumidor. 

Na ótica das empresas, a rastreabilidade na logística de alimentos também atende às normas regulatórias e amplia a credibilidade no mercado.

Estratégias para corrigir gargalos na logística

Superar os gargalos na logística de alimentos exige uma combinação de tecnologia, boas práticas operacionais e responsabilidade compartilhada em toda a cadeia. 

Da automação no supply chain à gestão inteligente de estoques e à redução de desperdícios, as iniciativas convergem para um mesmo objetivo: construir uma cadeia de suprimentos mais previsível, transparente e segura, capaz de responder às exigências regulatórias e às expectativas do consumidor.

Uso de tecnologia e automação no supply chain

Automação e inteligência artificial estão transformando o setor alimentício. Sensores conectados à IoT, softwares de gestão e algoritmos de machine learning ajudam a monitorar o transporte de alimentos perecíveis, prever falhas e antecipar demandas. 

Essa digitalização fortalece a rastreabilidade, melhora a segurança alimentar no transporte e abre caminho para soluções que corrigem gargalos na cadeia.

Boas práticas em gestão de estoque e perecíveis

Uma gestão eficiente de estoque em alimentos reduz rupturas e desperdícios.

Seguir o sistema PEPS (primeiro que entra, primeiro que sai), garantir condições adequadas de armazenagem e adotar embalagens específicas para cada tipo de carga são práticas que evitam problemas na armazenagem de perecíveis. 

A imagem mostra uma pessoa vestida com uniforme azul, segurando um leitor de código de barras e um tablet enquanto realiza o escaneamento de uma etiqueta em uma caixa de papelão.

Soluções para reduzir perdas e desperdícios na distribuição

As perdas e desperdícios na distribuição continuam sendo um dos grandes desafios na cadeia de suprimentos de alimentos. 

Investir em treinamento de equipes, rastrear lotes com precisão e integrar parceiros logísticos especializados ajuda a reduzir impactos financeiros e ambientais. 

Essas medidas reforçam a eficiência logística na indústria alimentícia e criam valor para empresas que precisam de consistência em prazos, qualidade e reputação.

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