A indústria de alimentos e bebidas tem na tecnologia sua aliada para lidar com as mudanças – radicais, em alguns aspectos – do mercado consumidor para os próximos anos. Mas, antes de conhecer as soluções tecnológicas, é preciso compreender quais são as novas tendências em 2025, e além, no mercado alimentício.

Para Adriana Stecca, sócia-diretora da KPMG no Brasil, um dos pontos de destaque para 2025 é o (1) cenário economicamente desafiador no mundo. Com isso, há o surgimento de algumas tendências subjacentes. Duas delas são o (2) foco do consumidor em bens de primeira necessidade e (3) hábitos de consumo focados em menor desembolso.

A especialista também alerta para a necessidade de a indústria entregar (4) porções menores. Isso porque a rotina mais corrida exige consumo mais prático. E pesa também o ponto relacionado à sustentabilidade e redução de desperdício.

Nesse sentido, vale relacionar a (5) busca por produtos saudáveis, tendência que vem evoluindo já há alguns anos e terá em 2025 uma solidificação, segundo indicam algumas empresas.

Além disso, está na pauta da indústria para este ano a (6) priorização de qualidade no lugar de quantidade, segundo a diretora da KMPG. Isso está diretamente relacionado à necessidade de um mundo mais sustentável e um critério mais rigoroso do consumidor com relação ao que ingere.

Esses dois últimos pontos, sustentabilidade e qualidade, foi o tema tratado por Rodrigo Visentini, general manager e vice-presidente de Marketing da Unilever, durante a Arena Fispal Tec 2024. Segundo ele, o consumidor tem cobrado das indústrias atitudes mais conscientes, mas o alimento precisa ser gostoso, a alimentação tem que ser algo bom e prazeroso.

“Hoje, 90% dos nossos produtos não possuem o selo que indica alto teor de açúcar, sal e gordura porque temos como meta oferecer ao consumidor uma nutrição positiva”, disse ele.

Além disso, Stecca, da KPMG, vê uma outra tendência curiosa, que pode ser entendida como uma pitada de passado para dar sabor ao futuro. Ela se refere à  (7) crescente necessidade do cliente final de voltar a consumir produtos tradicionais, que remetem ao ambiente familiar, com empresas e marcas de diferentes tamanhos apostando na humanização como diferencial.

Todas essas tendências devem ser impulsionadas pelo aumento das soluções tecnológicas relacionadas principalmente a dados e inteligência artificial.