Alimento Informativo Saudável

Manteiga blend pode ter composição mais saudável

Nem todas as pessoas estão acostumadas com o termo “blend”, quando falamos de alimentação. No entanto, esse termo é mais comum do que parece. Quando o assunto é carne, por exemplo, existem as misturas usadas para o preparo de hambúrgueres. Mas na busca por uma alimentação saudável, os famosos “blends” esbarram em grandes desafios a serem superados, porque existem alimentos aparentemente inofensivos incorporados à dieta e que possuem misturas com ingredientes pouco saudáveis, de acordo com especialistas. Essas misturas geralmente passam por um ultraprocessamento em que sofrem reações químicas e recebem aditivos antes de chegar à prateleira do supermercado.

Mas será que não existe uma outra maneira de obter esses blends de forma mais saudável?

Quando o assunto são produtos lácteos, há um questionamento muito grande em vários âmbitos. Em 2019, órgãos do governo brasileiro, como a ANVISA, passaram a discutir sobre a proibição de alimentos que contenham óleos e gorduras hidrogenadas ou transgênicas, utilizadas para a produção de alguns tipos de margarina.

O óleo de palma surge como uma alternativa de matéria-prima mais saudável, já que contém conservantes naturais que aumentam a vida útil dos produtos, apresenta maior rendimento, se comparado aos demais óleos, e não possui gorduras trans nem organismos geneticamente modificados, o que é primordial para uma alimentação saudável.

Para Fernando Martins, engenheiro químico e diretor de operações da Laticínios Econata, é importante considerar a hipótese de trabalhar com outros processos, a partir de métodos mais saudáveis, do ponto de vista médico, e mais sustentáveis, se considerado o fato de que produções que envolvem agentes químicos podem afetar além do organismo humano.

“Atualmente, todas as blends encontradas no mercado brasileiro se utilizam do método da interesterificação para a produção de margarinas para uso doméstico e industrial, com catalisadores químicos, ou seja, metóxido de sódio e/ou enzimas do tipo lipase”, lembra o diretor de operações dos Laticínios Econata. A interesterificação, mencionada por ele, consiste em uma alternativa tecnológica ao processo de hidrogenação parcial, uma vez que viabiliza a produção de óleos e gorduras com funcionalidades específicas.

 “É preciso inovar, buscar alternativas, pensar em matérias-primas que temos em abundância e que podem substituir processos inadequados”, destacou Fernando ao lembrar da possibilidade de utilizar óleo de palma como parte da produção de uma manteiga blend, visando a saúde e o bem-estar dos consumidores.

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