*Isaac Paes, CMO da Goomer
No dinâmico e cada vez mais competitivo universo do food service, a ideia de que “definir público-alvo é uma questão de branding” perdeu sua validade. Hoje, entender quem é o seu consumidor é uma questão de sobrevivência. Para donos de bares e restaurantes, essa clareza é a chave para otimizar investimentos, fidelizar clientes, se destacar no mercado e, consequentemente, aumentar a lucratividade.
Essa necessidade já foi reconhecida por instituições relevantes como o Sebrae, que apontou que focar no público pode aumentar as vendas. Além disso, o food service brasileiro atingiu R$ 62,4 bilhões em gastos no 2º trimestre de 2025, o maior valor já registrado, segundo a pesquisa Crest divulgada pelo IFB (Instituto Foodservice Brasil) e realizada pela Gouvêa Inteligência, comprovando que investir no setor se tornou crucial.
O dia a dia de um restaurante é uma maratona de processos, e cada erro estratégico pode comprometer a operação. Focar energia no que realmente importa é essencial, e isso só é possível quando se sabe para quem se está servindo. Sem foco, restaurantes desperdiçam recursos valiosos, perdem eficiência, não se conectam com o consumidor certo e ficam vulneráveis à concorrência e às crescentes pressões de custos. Definir o público-alvo é a única forma de direcionar esforços em cardápio, experiência, tecnologia e comunicação para o cliente que sustenta o negócio.
O consumidor moderno
A última edição da pesquisa Galunion sobre Visão do Consumidor 2025 é categórica: o consumidor atual não busca apenas qualidade, ele necessita de uma experiência completa. Essa jornada começa na navegação online, passa pelo momento em que o prato chega à mesa e se estende até o compartilhamento nas redes sociais.
Antes de decidir onde comer, o cliente pesquisa online, consulta avaliações, menus, fotos dos pratos e promoções. Ele transita entre o delivery e o consumo presencial no salão exigindo que o estabelecimento ofereça uma experiência consistente em ambas as plataformas, interfaces digitais intuitivas, rápidas e um atendimento excepcional em ambientes confortáveis.
Para os restaurantes, isso significa que não basta mais um perfil demográfico básico. É preciso entender o comportamento em cada jornada. Quando o cliente prioriza a velocidade, atenção humana e conveniência, ele está disposto a pagar mais por uma experiência diferenciada. Com margens cada vez mais apertadas, não há espaço para atender todo mundo do mesmo jeito. Apenas quem conhece profundamente seu público consegue desenhar a operação e escolher as tecnologias certas para transformar essas novas demandas em rentabilidade.


Deixe um feedback sobre isso