No passado, escolher onde comer era uma questão de praticidade – hoje, é uma escolha que envolve valores, experiência, bem-estar e até tecnologia. Segundo a pesquisa “Alimentação Hoje: a visão do consumidor”, realizada pela Galunion (parceira da ANR), 90% das pessoas pesquisam antes de decidir onde vão comer. E isso muda completamente o jogo para quem atua no foodservice. Mas, afinal, o que influencia a decisão do consumidor na hora de escolher onde comer?

Mais do que preço ou cardápio, os consumidores estão atentos à higiene, atendimento, impacto ambiental e social dos restaurantes. Eles querem ser bem recebidos, se conectar com os valores da marca e viver uma experiência memorável. Confira as quatro grandes tendências que estão influenciando essa decisão de escolha hoje. 

Higiene, sabor e preço: a base da decisão do consumidor

De acordo com a pesquisa da Galunion, a escolha de um restaurante vai muito além da fome. A principal preocupação é higiene e limpeza, citada por 56% dos entrevistados, seguida por comida gostosa (51%) e preço justo (50%). 

Outros pontos que também aparecem como relevantes são: opções saudáveis, importantes para 26% dos consumidores; proximidade e conveniência, considerada por 24%; e ambiente agradável e atendimento acolhedor, que fazem diferença para 21%. 

Esses dados mostram que a decisão do consumidor no foodservice é emocional, racional e prática ao mesmo tempo.

A experiência como diferencial competitivo

Ir a um restaurante deixou de ser apenas um ato de alimentação – hoje, é um momento de lazer, conexão ou produtividade. Os números reforçam isso: 59% preferem restaurantes menores e artesanais, com mais personalidade; 54% buscam agilidade no atendimento, sem abrir mão da qualidade; 50% gostam de espaços onde possam trabalhar ou estudar; e 48% valorizam áreas ao ar livre. 

A experiência precisa ser construída nos detalhes – da recepção ao ambiente, da trilha sonora ao cuidado com os pedidos. Criar um espaço que acolhe e surpreende é essencial para fidelizar esse novo perfil de cliente. 

Consciência social e sustentabilidade estão no radar e influenciam na decisão do consumidor

Outro ponto forte da pesquisa é o papel do impacto social e ambiental nas escolhas dos consumidores. A alimentação fora do lar passou a ser também uma forma de expressar valores. 85% preferem marcas que cuidam bem dos colaboradores, 73% valorizam empresas com ações sociais e 72% dão preferência a estabelecimentos sustentáveis, que cuidam do descarte e reduzem desperdícios. 

Além disso, 67% dos consumidores afirmam já ter deixado de ir a um restaurante por falta de opções inclusivas, como alimentos sem lactose, sem glúten, vegetarianos ou veganos. Isso mostra como inclusão e responsabilidade social são diferenciais que realmente impactam a decisão de consumo. 

Tecnologia como aliada da personalização 

A digitalização do setor de foodservice não é mais uma tendência futura – é uma realidade atual. A pesquisa revela que os consumidores estão abertos à tecnologia, desde que ela melhore a experiência. 79% querem que a IA agilize pedidos e processos, 71% gostariam de programas de fidelidade personalizados, 70% aprovam sugestões baseadas em suas preferências e 67% desejam um relacionamento digital mais próximo com os restaurantes. 

Ou seja, a tecnologia não substitui o humano – ela deve reforçar a sensação de cuidado e personalização. 

Comer fora é viver uma experiência completa

A decisão do consumidor no foodservice envolve muito mais do que comida boa. Os clientes querem marcas com propósito, cuidado, inovação e empatia.E isso é uma grande oportunidade para bares e restaurantes que estão atentos às mudanças do comportamento de consumo. 

Quem entende essas novas prioridades pode criar propostas de valor mais relevantes, conectar com seu público e se diferenciar num mercado cada vez mais competitivo. 

A Galunion, parceira da ANR, disponibilizou o conteúdo completo da pesquisa na sua comunidade online. Para quem quer mergulhar fundo nessas tendências, esse é o caminho para entender melhor o consumidor e antecipar as demandas do mercado.